O Observatório das Metrópoles Núcleo Goiânia foi criado em 2002 e é sediado no Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O núcleo é coordenado por Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira, juntamente com Aristides Moysés.
Para o projeto “Reforma Urbana e Direito à Cidade: desafios para o desenvolvimento nacional”, com organização de Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira, Marcos Bittar Haddad e Aristides Moysés, participam 27 pesquisadores(as) vinculados ao núcleo.
Equipe
Adão Francisco de Oliveira
UFT
Antenor Pinheiro
UFG
Aristides Moysés(Coordenação)
PUC Goiás
Carla Maria de Oliveira Gonzaga
UFG
Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira(Coordenação)
UFG
David Alves Finotti Camardelli de Azerêdo
UFG
Débora Ferreira da Cunha
UFG
Deusa Boaventura
PUC Goiás
Elcileni de Melo Borges
SECIMA
Elis Veloso Portela de Araújo
UFG
Erika Cristine Kneib
UFG
Fabrício Rosa
UFG
Gislene Auxiliadora Ferreira
UFG
João Batista de Deus
UFG
Juliana Gomes Da Silva
UFG
Karla Emmanuela R. Hora
UFG
Lorena Cavalcante Brito
UFG
Lucia Maria Moraes
UFG
Manuel Eduardo Ferreira
UFG
Marcela Ruggeri Menezes
UFG
Marcello Soldan Garbelim
UFG
Marcos Bittar Haddad(Coordenação)
FANAP
Najla Frattari
UFG
Pedro Pietrafesa
UFG
Roberta Silva Marques
UFG
Simone de Jesus
UFG
Yordana Dias das Neves Naciff
UFG
Região Metropolitana de Goiânia
Os princípios da reforma urbana consubstanciados na Constituição Federal de 1988 e posteriormente no Estatuto da Cidade, influenciou, na capital goiana, um plano diretor elaborado em 2007, que refletiu os anseios de uma cidade menos excludente. Aos poucos as propostas foram sendo esvaziadas por intervenções do poder público e pela falta de legislações complementares. As contradições e problemas da capital se refletem na Região Metropolitana, em seu crescimento desigual, em temas como meio ambiente, mobilidade, resíduos sólidos, saneamento, zoneamento, habitação, que são tratados de maneira isolada, fora do contexto metropolitano. Em 2015 o governo estadual encomendou estudo para a elaboração do Plano Integrado de Desenvolvimento da RMG, ancorando nas determinações do Estatuto das Metrópoles, e que foi elaborado pela UFG. Entretanto, em sua fase final foi paralisado e encontra-se inconcluso. As omissões referentes às questões metropolitanas, servem para pavimentar um percurso incerto e intempestivo, onde, de um lado está o interesse do capital privado, que lucra com a cidade e com a total conivência dos gestores públicos e de outro as diretrizes gerais, do Estatuto da Metrópole, para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas. As forças econômicas opressoras do mercado, dominadas pelo agronegócio, se refletem no imobiliário, chocam com os interesses da sociedade por soluções para as questões ambientais, de moradia, segurança, mobilidade e economia urbana. Com tudo isso, a segregação se manifesta muito explicitamente pela falta de um planejamento integrado que resulta em ocupações irregulares, com a localização periférica dos empreendimentos destinados à habitação social e de baixa renda, e, mais recentemente, em decorrência da pandemia, a pobreza, o desemprego ou subemprego, o aumento do número de casos de despejos e da população vulnerável em situação de rua, nitidamente cresceu na metrópole goianiense e no seu entorno.
Organização: Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira, Marcos Bittar Haddad e Aristides Moysés