O Observatório das Metrópoles Núcleo Recife, criado em 2000, está sediado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é coordenado por Maria Ângela de Almeida Souza e Rosa Maria Cortês de Lima.

Para o projeto “Reforma Urbana e Direito à Cidade: desafios para o desenvolvimento nacional”, com organização de Danielle de Melo Rocha, Fabiano Rocha Diniz e Maria Angela de Almeida Souza, participam 18 pesquisadores(as) vinculados ao núcleo.

No dia 20 de outubro de 2022, o núcleo promoverá o “Fórum Reforma Urbana e Direito à Cidade no Recife: como repensar sua agenda?“, das 8h30 às 13h, no Memorial da Medicina de Pernambuco (UFPE). O evento será presencial e não é necessária inscrição prévia.

Acompanhe as redes do núcleo: www.instagram.com/observatorio_pe

Equipe

Aline de Souza Souto
UFPE
Antônio Celestino da Silva Neto
UFPE
Arnaldo de Souza
UFPE
Bruno Albuquerque Ferreira Lima
UFPE
Danielle de Melo Rocha (Coordenação)
UFPE
Eugênia Giovanna Simões Inácio Cavalcanti
UFPE
Fabiano Rocha Diniz (Coordenação)
UFPE
Felipe Jardim
UFPE
Fernanda Carolina Vieira da Costa
UFPE
Jorge Vinicios Silva Gondim
UFPE
Janaína Aparecida Gomes de Lima
UFPE
Maria Angela de Almeida Souza (Coordenação)
UFPE
Pascal Machado
UFPE
Paulo Somlanyi Romeiro
UFPE
Ronald Fernando Albuquerque Vasconcelos
UFPE
Ronaldo Augusto Campos Pessoa
UFPE
Rosa Maria Cortês de Lima
UFPE
Valdeci Monteiro dos Santos
UFPE
 
  • Região Metropolitana do Recife

    A desigualdade é a questão central da metrópole do Recife: sua dimensão socioespacial perpassa todos os capítulos deste livro. Afirmada pelo Índice de Gini (2021), que aponta a Região Metropolitana do Recife (RMR) como a segunda mais desigual do país e a de menor renda média per capita entre os 40% mais pobres das metrópoles do Nordeste, a desigualdade do Recife metropolitano se evidencia em vários aspectos. No âmbito econômico se expressa pela dualidade de sua estrutura produtiva e de seu mercado de trabalho, com uma economia marcada por elevado grau de informalidade, desemprego e baixa produtividade convivendo com nichos de modernidade e alto padrão de renda. No contexto socioespacial se revela nos distintos usos e ocupações do espaço urbano, com ocupações de elevado padrão construtivo em contraste com territórios de elevada precariedade de condições de moradia e infraestrutura e pela insuficiência de serviços e equipamentos públicos.

    Heranças culturais alimentam um embate instalado no Recife metropolitano: o seu legado colonial, influenciado pela lógica do patriarcado e pelo conservadorismo, capturado pela contemporaneidade sob a égide do ideário neoliberal e da lógica da expansão do capital financeiro; e, em contraposição, o seu legado de lutas libertárias e de rica e diversa experiência recente de movimentos sociais, que convergem para o ideário de uma reforma urbana cidadã e da busca de uma metrópole espacialmente integrada, ambientalmente sustentável, economicamente articulada e competitiva e socialmente justa.

    A terra urbana e os recursos públicos se sobressaem entre os objetos de disputa. Velhos temas, com novas roupagens e novos atores. O setor público, perpassado pelas heranças em embate; os agentes privados, associados a grandes grupos empresariais do capital industrial, de serviços e logística, fundiário, imobiliário etc.; a sociedade civil organizada e a população em geral, todos em torno desse embate, retratado em cada um dos capítulos e no conjunto daqueles que compõem esse livro, cujo conteúdo se organiza em partes representativas das questões abordadas.

    Organização: Maria Angela de Almeida Souza, Fabiano Rocha Diniz e Danielle de Melo Rocha

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